Malditos estrangeiros!
A nossa terra é tão bela, tão variada, e talvez o único local do mundo onde ainda existe a noção de humanidade.
Somos afáveis, hospitaleiros e aprendemos qualquer língua bem e de modo inato.
A nossa culinária, mesmo a nossa culinária, é saudável e verdadeiramente única - só o bacalhau tem, pelo menos, mais de mil receitas.
Podemos ser pequenos em território, mas temos um coração grande e, por entre uma história antiga de 900 anos, de que nos orgulhamos pelas nossas lendárias coragem e tenacidade, demos novos mundos ao mundo, espalhando a fraternidade e a concórdia.
Não há homens como os nossos, não há mulheres como as nossas e as nossas crianças ainda sorriem livremente um sorriso puro e singelo como não se encontra em outras terras.
Não somos mesquinhos nem egoístas e construímos o mundo em harmonia e bonomia - tantos poetas, tantos artistas, tanta gente importante nasceu na nossa terra, onde a alma verdadeira brota de cada torrão do solo pátrio fértil!
Como não acreditar plenamente em tudo o que venho de afirmar? Falei, a propósito, com grandes amigos de todas as nacionalidades, de todos os continentes... Espantou-me a sua inesperada cegueira nacionalista quando afirmaram, letra por letra, precisamente o que muito justamente afirmei atrás, só que acerca dos seus países... Plagiadores!
No final, infelizmente, tivemos todos que fugir em debandada porque muitos deles se zangaram, tendo começado a armar-se com mísseis, rockets e, inclusive, com facas conspurcadas pelas suas incompreensíveis invenções culinárias. Malditos estrangeiros!
2 Comments:
Todos iguais todos diferentes. Será ssim tão dificil enterdermos os outros e a eles entenderem-nos a nós? O que não entendo realmente é a intolerancia.
abraço
Palavras de mestre!
Excelente.
Um beijinho de Maio:)
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