It takes two to tango

Quantas vezes a vida não parece mais estranha do que a ficção? Isso é porque toda a ficção se inspira directamente na vida! É porque somos todos medricas que costumamos optar pela ficção. Só que este blog vai optar pela vida... ou algo assim...

segunda-feira, julho 24, 2006

Faltas dos deputados vs faltas dos docentes


Desejo apenas recordar à excelsa ministra das chicletes, da próxima vez que se lembrar de atirar as suas costumeiras bojardas manipuladoras acerca das incomensuravelmente fatélicas faltas dos calaceiros professores, à nossa querida e estimada Lurditas que nos propõe faltarmos um máximo de cinco dias por ano (incluindo doenças, desconto em período de férias, assistência a menores, assistência a idosos, assistência a familiares deficientes, nojo, gravidez e tudo o mais) ou ficarmos com mais um ano de paralisia na carreira, que:
- No primeiro ano da X legislatura os deputados deram mais de 1900 faltas a 103 sessões plenárias, embora apenas 13 não tenham sido justificadas;
- Dos 230 deputados do nosso parlamento, nenhum perdeu o mandato por faltas e as ausências injustificadas de gente como José Lamego e João Cravinho, ambos socialistas, vão ser "limpas".

Ora, quem são os maiores faltistas, segundo informações prestadas pela AR à Lusa e relativas ao período compreendido entre Março de 2005 e Abril de 2006?
José Lamego (PS), faltou 24 vezes, quatro das quais sem justificação; João Cravinho (PS) faltou dez vezes, duas das quais injustificadas, tendo ainda os igualmente socialistas Sandra Marisa Costa e Paulo Fonseca faltado uma vez sem justificação; Paulo Pereira Coelho (PSD), Paulo Portas (PP), Telmo Correia (PP) e o ascético Francisco Louçã (BE), contaram, todos eles, com igual falta injustificada.
Mas os mais faltosos foram mesmo Virgílio Almeida Costa (PSD), com 45 faltas, Marques Mendes (PSD), com 43 faltas, Jerónimo de Sousa (PCP) e Manuel Maria Carrilho (PS) com 42 faltas, Paulo Rangel (PSD), com 38 faltas, e Ceia da Silva (PS), com 36 faltas. E a lista continua... Paulo Portas, registe-se, chegou, mais de uma hora atrasado a cerca de um terço dos 103 plenários, o que ficou registado como "presença parcial". Os serviços da AR, registe-se igualmente, recusaram-se a indicar as razões das justificações de tanta falta, por serem "confidenciais" .

É bom que os portugueses vão entendendo quem nos governa... Não são, certamente, os professores.






2 Comments:

At 1:41 da tarde, Blogger Kaos said...

Bem apanhado.
Vim só deixar um abraço e dizer que embora esteja de férias não me esqieci de voçes.
abraço

 
At 8:01 da tarde, Blogger CORCUNDA said...

Ora aqui está um maneira original de justificar uma falta: Confidencial! Vou passar a utilizá-la quando tiver que faltar ao trabalho, pode ser que a considerem justificada...

 

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