Thumbs up and down for ya!
Depois de uma pequena mas relaxante volta pelo Portugal desconhecido que espera por nós, achei que talvez não fosse desajustado deixar-vos aqui alguns thumbs up e down relativamente a algumas pedras do caminho...
Thumbs down para a Nazaré, onde a população vive o choque esquizóide de se sentir (e cada um é dono de sentir o que muito bem entender, mesmo que risível) no umbigo do turismo mundial. Deve ser por isso que as velhinhas estão todas a vender aperitivos nas ruas ou a apregoar quartos, que o serviço dos restaurantes é atroz na ausência de simpatia e savoir-faire e que os preços praticados para o alojamento são, não há outro termo, ridículos.
Por exemplo, como é que a mixuruca Albergaria Mar Azul ousa pedir 90 euros por quarto duplo ao mesmo tempo que a clássica Albergaria Josefa de Óbidos (em Óbidos, naturalmente) pede 70?
Um único thumbs up para a cidade, que é a descoberta da Vila Turística Conde Fidalgo, um agradável condomínio fechado com os quartos e apartamentos sempre completos porque, além de vir no Routard, pratica 30 euros a noite por quarto duplo.
Um forte thumbs down também para os preços praticados nas gasolineiras do sul, onde a livre concorrência leva à subida em flecha dos preços, em lugar da sua descida. Cheguei a ver a Sem Chumbo 95 a 1.394 euros. Juro! E passei ao largo.
Mais um thumbs down para os gananciosos sem estribeiras do IPPAR, que cobram, por exemplo, 4,5 euros para a visita aos dois claustros do Mosteiro da Batalha e às Capelas Imperfeitas, o que quase se resume a meia dúzia de passos. Ainda me lembro que antigamente e não tão antigamente assim, embora o vigilante me garanta que tenho que estar confundido, se podia subir aos andares de cima e que não se pagava nada. Thumbs down geral, aliás, para a instituição que explora os monumentos, por ter decidido começar a cobrar bilhetes para a entrada em castelos e em todo o lado. Não reparei que as pedras estivessem mais bonitinhas...
Um thumbs down final para o que toda a gente já sabe: as indicações surreais das estradas portuguesas ou talvez a sua ausência. Talvez tenham estabelecido um convénio com as gasolineiras... Ou os engenheiros estão precisados de uma cadeira de lógica nos seus cursos...
E concluo com um par de thumbs up, para que não se diga que só falo mal. "Pois, esse Master só diz mal de tudo mas não faz coisa nenhuma. Onde é que estão as soluções, hã, hã?", sabem como é... Thumbs up para o restaurante A Mó, em Tomar. Pequenino mas simpático e asseado, familiar mas com bom serviço, boa culinária e bons preços. E thumbs up globalmente para os restaurantes de Peniche, onde o serviço continua, opostamente à Nazaré, simpático, a culinária excelente e os preços perfeitamente aceitáveis.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home