It takes two to tango

Quantas vezes a vida não parece mais estranha do que a ficção? Isso é porque toda a ficção se inspira directamente na vida! É porque somos todos medricas que costumamos optar pela ficção. Só que este blog vai optar pela vida... ou algo assim...

sexta-feira, março 07, 2008

Manif pra frent! Pq é q?

Tô 100 vontad d'escrever mt... Sô 1 prof calaceiro!!!!Ai d qm m quiser avaliar!!!!
Não, mas a sério, agora juro que a sério, mesmo a sério... Durante este fim de semana, Lisboa vai acolher uma mega-manifestação de professores que só não dará resultados porque cabeças duras como as dos membros deste governo não surgem senão uma vez em cada mil anos ou aproximadamente isso. Mas não é por isso que não vou lá estar a fazer número e sim porque vou estar com o meu filhote, que não é professor e espero que nunca o venha a ser. Bom, além disso eu deveria estar era no palanque a discursar! E o que eu queria perguntar, era algo assim:
Mas porque é que, com tanto debate, entrevista e sessão de esclarecimento, ninguém é capaz de comparar o que por cá se passa com o que se passa no estrangeiro? Será que o estrangeiro fica noutra galáxia? Por exemplo, quando o ministério chega com a conversa de que por todo o lado há quotas, porque é que ninguém é capaz de explicar ao povão que as quotas que há no estrangeiro se destinam exclusivamente a cargos e que a eles corresponde um salário como deve ser? Porque é que ninguém é capaz de lhes explicar, preto no branco, que a progressão na carreira se faz, no tão falado estrangeiro das quotas, com toda a naturalidade e para todos? Que na Alemanha, por exemplo, a avaliação depende da assistência de uma aula de 45 minutos a cada seis anos? Porque é que ninguém é capaz de lhes explicar que a burocracia extrema da nossa avaliação e o sistema de quotas para toda a gente se rege por motivos meramente economicistas enquanto os senhores vão engordando e ficando cada vez mais anafados?
Mas não. O que interessa é passar a ideia que os professores são ricos, que nada fazem, que são incompetentes (como se os privados portugueses primassem pela competência, vontade de rir!) e que têm medo dessa moda da avaliação, que não passa de uma moda, sejamos honestos, tal como a fúria anti-tabágica e outras... Depois, vêm os protuguesinhos invejosinhos e pequeninhos, tacanhozinhos e menorzinhos, clamar: "No privado somos avaliados e há quotas!" Claro que há quotas, seu bando de hipócritas... Como no ensino estrangeiro, aliás... Afinal, quantos lugares de director pode haver numa empresa? Mas no caso dos professores não se trata de nomear directores e sim de obrigar um número restrito de professores a exercer cargos chatíssimos sem que daí advenha qualquer compensação financeira ou outra. E trata-se de manter a maralha, a grande maioria, a ganhar a mesmíssima coisa para o resto da vida. Sim, porque pessoalmente estou-me nas tintas para essa moda da avaliação. É-me igual. Só chata de tão burocrática. Mas se me querem avaliar, avaliem-me, é-me totalmente indiferente. Aliás, sei muito bem como é que as avaliações são feitas no privado. Bando de hipócritas, acham que os professores andam todos de olhos tapadinhos? Tudo isto para dizer que estou com os manifestantes e que lhes desejo, como a mim, as maiores felicidades. Do mesmo modo que desejo a maior infelicidade aos nossos governantes que ninguém avalia e aos seus mesquinhos apoiantes tapadinhos. Aliás, se tanto insisto no uso do diminutivo inhos deve ser porque já estou cansado de tanto escrever...
Tô cansad e quero férias! Já trblhei p/ 1 ano. Tchau!

1 Comments:

At 6:23 da manhã, Blogger Anagha said...

Nice blog Thanks for sharing

 

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