It takes two to tango

Quantas vezes a vida não parece mais estranha do que a ficção? Isso é porque toda a ficção se inspira directamente na vida! É porque somos todos medricas que costumamos optar pela ficção. Só que este blog vai optar pela vida... ou algo assim...

segunda-feira, setembro 12, 2005

Volta, Afonso de Leão... estás perdoado!


E temos um Valentim... E temos uma Felgueiras... E temos um F. Torres... E temos um Isaltino... E temos há tanto, mas há tanto tempo, um João Jardim!
Como se não nos bastasse, temos um Sócrates, temos um Marques Mendes (embora pequenino), temos um Louçã, temos um gajo no PP de que já nem me lembra o nome, e mais o Jerónimo e os outros todos, inclusive o MRPP cuja propaganda eleitoral na Antena 1, quando das legislativas, me fez tremer ao pensar que estava de volta a Revolução Cultural de Mao e que afinal a China já não era um país capitalista selvagem, mas apenas um país selvagem e que o perigo amarelo se estendia, enfim, às nossas praias atlânticas!
Temos, portanto, tudo... O que até nem pareceria mau. Mas quando vejo o meu salário real a diminuir ano após ano enquanto me exigem cada vez mais e toda a gente diz "ainda bem, sempre tens emprego...", quando me vejo à nora para pagar as contas mais banais e quando, ao meter 20 euros de gasolina 95, o parquíssimo resultado são 15 míseros litritos... aí, começo, de facto, a assustar-me!
Afinal de contas, porque diabo é que esses gajos aí ao lado, que nem sequer atinam a falar línguas estrangeiras e nem têm fama de muito inteligentes podem ganhar o dobro de nós, pagar menos IVA e divertir-se todas as noites em tapíssimas patuscadas? Porque o Afonso Henriques se dava mal com a mãe? Porque o Nuno Álvares Pereira tinha alucinações da Virgem? Porque os conjurados tinham alguma dificuldade em entrar nas cortes de Madrid? Algo não parece estar lá muito bem para nós, portugueses... Isto é, para a maioria, suponho. Ask not what your country can do for you. Ask what you can do for your country é, na verdade, muito funcional enquanto palavra de ordem. Mas parece-me um pouco chato ver-nos a todos assim enfiados num pântano (lembram-se do Guterres? Parece que sabia do que falava... Mas ele está bem. E o Durão. Emigraram a tempo...) e condenados a sermos uma geração sacrificada. Não propriamente como na II Guerra, óbvio, mas sacrificada ainda assim. Sacrificados nós. Não eles. Sejamos exactos.
De repente, dá-me a sensação de que vinha a calhar uma revolução francesa que atirasse com um monte de gente para os calabouços. Ou, à falta desse acontecimento mais radical, uma pacífica anexação por parte dos espanhóis, com o defeito de que não me parece que se interessem muito...
E vocês? O que acham? Ora votem lá e vamos ver... Declaro inaugurada a época das sondagens!




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Imagem de incêndio em Portugal de http://us.news2.yimg.com.

3 Comments:

At 10:45 da manhã, Blogger Fernando Guerreiro said...

Eu por mim sou a favor de uma revolução, enquanto ela não chega já tens link no site mais feio da net.

 
At 11:43 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O teu blog tem montes de cenas interessantes, gostei do que vi, do que li e de certeza que vou passar a acompanhar as tuas palavras!
Abraço

 
At 5:53 da tarde, Blogger Jorge Simões said...

Obrigado a ambos pelos elogios. Por falar nisso, já votaram na sondagem? De qualquer forma, o Clube das Teorias Parvas segue pra os links. :)

 

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