It takes two to tango

Quantas vezes a vida não parece mais estranha do que a ficção? Isso é porque toda a ficção se inspira directamente na vida! É porque somos todos medricas que costumamos optar pela ficção. Só que este blog vai optar pela vida... ou algo assim...

sexta-feira, setembro 09, 2005

Confúcio a pedido das famílias

O Master confessa gostar mais de Zen e outras coisas aparentemente mais próximas do nonsense generalizado. Mas... a pedido de várias famílias e como as aulas estão aí à porta, vai-se adiantar um pouco, dar a volta aos ortodoxíssimos currículos habituais e falar um pouco sobre Confúcio.




Nascido Kong Qui em 551 a.C., de uma família nobre em decadência de Lu, Confúcio viajou muito e estudou em Zhou, capital imperial da época, onde terá contactado com Lao Zi, fundador do Taoísmo.
De regresso a Lu, tornou-se professor. Quando tinha 35 anos, o Duque Zaho de Lu entrou em guerra, foi derrotado e Confúcio seguiu-o, tendo-se tornado seu conselheiro habitual. Entretanto e segundo reza a história, a conselho de um ministro foi-lhe negada a oferta de terras, tendo acabado por ter sido afastado da presença do Duque. Quando variados membros da corte se assanharam contra Confúcio, o Duque recusou-se a intervir e o filósofo regressou a Lu, onde se retirou da vida pública para se dedicar ao estudo e ao ensino.
Já depois dos 50 anos, foi feito magistrado pelo novo Duque de Lu, mais tarde Grande Secretário da Justiça e, aos 56 anos, primeiro-ministro. Entrementes, os países limítrofes preocupavam-se com o crescente poderio de Lu e decidiram enviar mensageiros com ofertas e dançarinas ao Duque, no decurso de um feriado sacrificial. Quando o Duque abandonou os seus deveres para os receber, Confúcio demitiu-se.
Os cinco anos subsequentes foram passados a percorrer a China com os seus discípulos, embora cedo tenha verificado que a sua presença nas cortes era mal tolerada e chegava a correr perigo de vida.
Aos 62 anos viu-se perseguido, juntamente com os seus discípulos, por tropas enviadas por nobres invejosos. Finalmente, conseguiu enviar um mensageiro a um rei amigo de um país próximo que acorreu a salvá-lo. Uma vez mais, teria recebido terras, mas o conselho de um outro ministro (mas que é que se passa com o diabo dos ministros?) acabou por abortar tal possibilidade.
Optou, então, por continuar a vaguear e só com 67 anos regressou a Lu, onde faleceu aos 72 anos de idade, tendo usado os seus últimos anos para ensinar e escrever.



CITAÇÕES DE CONFÚCIO





Não é um problema andares devagar, desde que não pares.

O que o homem superior busca está em si, o que o homem pequeno procura está nos outros.

Bonitas palavras e uma aparência insinuante raramente se encontram associadas à verdadeira virtude.

Não tenhas amigos diferentes de ti.

Não vale a pena falar do que está feito nem procurar culpas para o que já passou.

O que não queres que te façam, não faças aos outros. (onde é que já ouvi esta?)









Saber-se é saber-se que nada se sabe. É esse o sentido do verdadeiro conhecimento. (e esta? Onde é que já a ouvi?)

Uma viagem de mil quilómetros inicia-se com um simples passo.

Num país bem governado, a pobreza é algo de que nos devemos envergonhar. Num país mal governado, a riqueza é algo de que nos devemos envergonhar.

Por mais ocupado que creias estar, arranja tempo para ler, ou rende-te à ignorância que tu mesmo escolheste.

Ser-se prejudicado não é nada a não ser que fiquemos a pensar nisso.








Se pensares em termos de um ano, planta uma semente. Se em termos de dez anos, planta uma árvore. Se em termos de cem anos, ensina o povo.

O homem que se postar no topo de uma montanha de boca aberta, terá que esperar muito tempo até que um pato assado lhe caia na boca.





E assim decorreu mais uma aula de história e filosofia que claramente espero tenha sido bem aproveitada pelos meninos e meninas. Já sabem, nas aulas do Master podem usar chapéu, bóina, barrete, mini-saia (desejável) e até mascar chicletes, desde que se mantenham num nível de atenção razoável. De qualquer maneira, hoje não me apetece marcar-vos trabalhos de casa, sim, precisamente o que todos vós conheceis como TPC. Não estou com pachorra para corrigir, confesso... Até à próxima, um abraço apertado!



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Imagens de
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