Portugueses bigodudos à buzina
É verdade que podemos pensar no movimento cívico do buzinão... Ou então, pode vir-me à ideia aquela vez em que, depois de um mês em França e vindo de Espanha, onde tal não sucede, dei comigo alegre e plenamente em Portugal quando comecei a ouvir buzinadelas e a apanhar com máximos a granel.
Ainda agora me aconteceu algo do género e foi isso que me inspirou... Ao virar para uma rua perto de casa, um carro, que não deveria vir a menos de 500 metros, decidiu acelerar e atirar-me com a folclórica buzinadela da praxe, visto que a rua obviamente lhe pertencia por herança ou direito divino. Todos vocês sabem bem o que isso é, certo? Muito calmamente (porque já não há pachorra), limitei-me a lançar-lhe um sinal do género "maluquinho". Bom, era uma mulher (sim, aquele género tão competitivo, tão aguerrido nos seus automóveis, que em geral não nos permite mudar de fila em imensos engarrafamentos, dessa forma contribuindo para a construção de engarrafõezamentos) quem guiava, acompanhada pelo seu macho orgulhoso e a quem "ninguém passa por cima".
E não é que me seguiram até casa e que, quando entrava na minha garagem, o gajo se me dirige e me vem com um discurso pindérico e zangado, armado em moralizador? É preciso alguma lata, hã? Com a maior das calmas, deixei-o falar, fechei-lhe o vidro porque já tinha esgotado o tempo do discurso e entrei. O meu filho, que vinha atrás, ficou todo irritado com o homem, verdadeiro português de bigodinho e tudo. Eu disse-lhe apenas: "Não ligues. O mundo está cheio de palermas".
É por isso, por se tratar de uma situação tão idiota e tão repetida, que aqui vos proponho o início de um novo movimento cívico, tão ou mais importante do que o do buzinão e menos barulhento: de cada vez que alguém vos buzinar assimn (o que é proibido por lei), parem muito calmamente, passem-lhe uma multa de valor elevado e desejem-lhe, sorridentemente, um bom resto de dia...
Imagem de www.mofunny.com.
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