It takes two to tango

Quantas vezes a vida não parece mais estranha do que a ficção? Isso é porque toda a ficção se inspira directamente na vida! É porque somos todos medricas que costumamos optar pela ficção. Só que este blog vai optar pela vida... ou algo assim...

quarta-feira, maio 03, 2006

E a ministra não pára!


E a ministra não pára!
As fontes secretas, fidedignas e protegidas do Master regressaram com mais novidades de monta... Parece que se prepara o seguinte: professor que falte, sabendo de antemão que vai faltar (o professor pressupõe-se obviamente culpado, entenda-se bem), terá a obrigação de deixar uma planificação das aulas que daria, sob pena de, não o fazendo, levar com um aguaceiro de faltas injustificadas. O que significa:
a) Que professores a faltar por doença - imagine-se, por exemplo, o caso drástico de um docente em tratamento por cancro - terão que apresentar as ditas planificações, não lhes bastando estarem doentes;
b) Que as aulas de substituição terão de ser leccionadas por professores da mesma disciplina - o que, até ao momento foi, muito mais naturalmente do que possa parecer a olho nu, impossível - ou por outros docentes altamente polivalentes;
c) Que, sendo os professores naturalmente diferentes, se vai gerar uma espécie de mixórdia de métodos nas escolas, com prejuízo efectivo dos alunos;
d) Que os desgraçados dos alunos vão ter de gramar com o que não querem e farão a vida negra aos desgraçados dos professores substitutos, sendo que ninguém lucrará com o facto;
e) Que mais valerá preparar as aulas para o ano inteiro logo no início do ano, uma vez que nunca se sabe o que poderá suceder, e que não convém, de modo algum, dar nem matéria a menos, nem matéria a mais em cada aula... A escola é uma linha de montagem e assim é que o Japão se tornou uma potência.

Deixo-vos aqui dois desafios... Um deles poderá parecer menos sério, mas ambos têm cabimento:
a) Que os professores deixem de se comportar como amebas e entrem num processo de desobediência civil a este tipo de ordens da Lurditas. Nunca nenhum tipo de governo foi capaz de controlar a desobediência civil generalizada e não me parece que possa ser a Maria de Lurdes a descobrir a pólvora;
b) Que algum leitor mais perspicaz e conhecedor descortine o que se encontra, de facto, por trás de toda esta desconexão ministerial face à realidade das coisas. A ministra conheceu, em tempos, algum professor muito malvado? A ministra sentiu-se mal tratada no decurso da sua frequência escolar? Prometo fazer, no meu humilde blog, eco do que de real se descobrir e transmiti-lo aos media, inclusive à TVI.

Boa noite e durmam na paz do Senhor.


Imagem (não invertida) de www.correiodamanha.pt.

2 Comments:

At 4:31 da tarde, Blogger floreseabelhas said...

Pois, o melhor é deixar os meninos à solta, ou ainda batem nos senhores professores, seres sensíveis e facilmente quebradiços...

 
At 5:15 da tarde, Blogger Jorge Simões said...

Que idiotice, francamente... Deixo aqui o teu comentário, só para se perceber que é egoísta, inconsequente, ignorante e nada inteligente - não leste nada do que atrás se escreveu, o que diz muito do teu nível de literacia. Aliás, o que é isso de "deixar os meninos à solta"? Por acaso, a escola é alguma prisão para satisfazer pais paranóides? Que espécie de pessoa és tu para teres a lata de escrever algo assim, negando aos outros o bacadinho de liberdade que certamente tiveste? Os nossos governantes fizeram-te bem a cabeça (facilmente quebradiça). Fica bem.

 

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