It takes two to tango

Quantas vezes a vida não parece mais estranha do que a ficção? Isso é porque toda a ficção se inspira directamente na vida! É porque somos todos medricas que costumamos optar pela ficção. Só que este blog vai optar pela vida... ou algo assim...

domingo, maio 14, 2006

Passing Strangers recriam Marillion em Lisboa


Os Marillion foram uma banda que constituiu uma pedrada no charco quando do lançamento do primeiro álbum, com Fish na parte vocal, Script for a Jester's Tear. Executar um rock de tipo progressivo e desenvolver um espectáculo algo teatralizado no início dos oitentas era definitivamente démodé. Vi-os ao vivo na época e gostei.
Foram também uma banda que se auto-destruiu ao seguir vagamente as pegadas do Disneyaco Phil Collins. Ainda com Fish, procuraram o sucesso comercial quando publicaram Kayleigh, o que foi lamentável. Depois, Fish fugiu e nunca mais se ouviu falar da banda. Ou passou a mais valer fazer de conta que não existia. Tanto como com os Genesis, aliás...

Tudo isto a propósito de quê? Numa época em que se vai assistindo às actuações de várias bandas de covers, temos agora os portugueses Passing Strangers a ocuparem-se dos Marillion.
Esta banda - com Linx na voz e teclados, João Soares na bateria, Miguel Baptista na guitarra e Pedro Soares no baixo, mais um quarteto de músicos convidados - vai-se estrear ao vivo no Templários Bar (junto ao cinema Quarteto, em Lisboa), a 19 de Maio, pelas 23,30h. Vale a pena ver do que se trata, até porque não vos pedirão mais pela entrada do que o consumo mínimo do bar...
Se o espectáculo se concentrar nos primórdios da banda, poderá ter interesse. Mas isso não passa da minha opinião pessoal. Se puderem e quiserem, dêem lá uma saltada e aproveitem para contar aqui como foi. :)


Imagem de www.the-masque.com.

7 Comments:

At 9:29 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Kayleigh é apenas um single retirado de "Misplaced Childhood", uma realidade bem maior e um excelente "concept album". Foi no lançamento desse álbum que os Marillion vieram a Portugal pela única vez com a formação quase original (o baterista Ian Mosley só se juntou à banda a partir de "Fugazi", o segundo álbum de originais)e, naturalmente, assisti ao espectáculo, no velhinho Infante de Sagres. O concerto não era propriamente teatralizado (suponho que o facto de o Fish pintar a cara não significava teatralização) e, infelizmente, foi a meio da tarde, por causa de um festival qualquer da juventude que havia no Estádio do Bessa, ou seja, foi à luz do dia. Mas foi um excelente concerto.

 
At 1:52 da manhã, Blogger Jorge Simões said...

Caro Dick, estive precisamente nesse concerto. Repara que escrevi "algo teatralizado. Claro que, se formos ver, os Tantra seriam muitíssimo mais teatrais. Mas a intenção era subjacente, apenas limitada pela época. Infelizmente, foi a meio a meio da tarde, é verdade - se me recordo mais ou menos, tiveram que tapar as janelas todas com panos improvisados... Mas, como disse, gostei. Tanto mais que, se a memória não me trai, o concerto foi quase integralmente baseado no primeiro álbum.Abraço.

 
At 4:45 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Desculpa, Master Minder, mas tocaram, integral e ininterruptamente, o lado A de "Misplaced Childhood", alám, claro, de temas dos dois primeiros álbuns ("Script for a jester's tear" e "Fugazi") e de outros que não fazem parte de álbum de originais nenhuns, caso do single de lançamento da banda, "Market square heroes", ou de "Cinderella search". Se fizeres uma busca no Google, com o meu nome, compreenderás que de Marillion percebo eu. Entendendo-se Marillion como o percurso até ao quarto álbum, "Clutching at straws", com dois trabalhos ao vivo pelo meio "Real to reel" e o duplo "The thieving magpie", com o álbum de raridades "B'sides themselves" pelo meio, entre outros.

 
At 6:28 da tarde, Blogger Jorge Simões said...

Ok, se assim é, é. Como compreenderás, já lá vai muito tempo e não me lembro concreta, concretamente do que eles tocaram. Parece que tenho que rever um pouco, reavivando as memórias, o que entendo pelos "bons" primórdios dos Marillion... Abraço.

 
At 6:32 da tarde, Blogger Jorge Simões said...

Suponho que não possas ser o Derek William Dick?!

 
At 12:17 da tarde, Blogger Jorge Simões said...

Obrigado pelas novidades. :)

Só para complementar: nunca afirmei que os Marillion foram "uma clonagem dos Genesis" e aprecio globalmente a fase de participação do Fish, na qual encontro, isso sim, elos de ligação com os Genesis de Peter Gabriel. Achei que seguiram, depois, um percurso de algum modo comparável aos Genesis de Phil Collins. Mas opiniões são opiniões...

 
At 5:13 da tarde, Blogger Phil_Cat said...

Para os apreciadores de Marillion, fica a informação que poderão ver o Steve Hogarth ao vivo no dia 5 de Setembro de 2008, no Santiago Alquimista em Lisboa. O concerto é organizado pela WEB Portugal, Clube Oficial de Fãs de Marillion. Para mais informações e reserva de bilhetes, consultem http://www.zm-art.com/marillionados/hnatural2008. Passem a palavra a amigos!

 

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