A destruição do ensino - abaixo-assinado
A bruxa má do Sul que aí em cima se retrata numa das suas fotos mais lisonjeadoras pretende agora colocar os professores a dar oito horas de aulas por dia. Os cidadãos mais incautos e roídos de inveja poderão até, eventualmente, achar bem, mas é porque nunca deram aulas. Pensem um bocadinho no que possa ser dar oito horas diárias de conferências, quanto mais a públicos que não as querem de modo algum e se encontram em faixas etárias em que o demonstram claramente e depois falem! Além do mais, isso implicará o despedimento a prazo de muitos milhares de professores, entre os quais o vosso Master, que tem, como todos, contas a pagar e não gostaria de terminar injustamente desprezado a arrumar carros.
Some-se que a megera e os seus anõezinhos malvados e obedientes pretendem acabar com as interrupções lectivas do Natal, Carnaval (três dias com o feriado) e Páscoa, forçando os filhos a estar longe dos pais, encafuados na escola nossa de todos os dias e os professores a entretê-los - como, sabe-se lá! Uma situação (aliás ambas) que não existe em nenhum país que me possa ocorrer, dos mais aos menos desenvolvidos.
A megera que em breve voltará para o seu ISCTE a dar seis horas de aulas semanais (e quantas impingidas aos seus assistentes!) pretende à fina força destruir o ensino público em Portugal. Pensem um pouco nas consequências futuras das medidas desta gente que, nem sei bem como, consegue convencer tantos de vós de que faz um bom trabalho... Vá, pensem...
Depois, vão a www.fenprof.pt e façam o favor de participar do abaixo-assinado da frente comum de sindicatos que lá circula. Ou informem-se e façam os vossos próprios abaixo-assinados. Por um dia nas vossas vidas, sejam realistas e não egoístas... A compensação está no próprio acto.
PS - Ouvi, entretanto, na rádio, que o ME negou a intenção de eliminar as pausas lectivas, tendo ainda esclarecido que não se trata de oito horas lectivas diárias e sim da possibilidade de, em determinado dia, haver oito horas lectivas (castigo a aplicar por Conselhos Executivos malévolos a gente com quem se dêem muito mal). Moral da história: os gajos lançam o barro à parede, um barro feito de ódio puro e viscoso e quando se apercebem do exagero, uma vez mais, negam.
PSPS (sem PS, partido que nunca mais, por tantos anos que viva, contará com o meu voto): Apetece-me mencionar um recente comunicado interno do competentíssimo Valter não sei das quantas... O secretário decreta que quem estiver colocado em determinada escola (falamos dos pobres provisórios), ainda que com um horário de quatro horas por hipótese, não o pode ver completado pelo Conselho Executivo, ainda que tenham surgido montes de horas para o fazer. Não. A escola tem que colocar no jornal um anúncio para as restantes horas (digo eu agora, nem que sejam duas), o qual custa ao ministério a módica quantia de 400 euros, sendo que os alunos não terão aulas no entretanto. Lógica da coisa: a) Gastar desnecessariamente dinheiro num anúncio; b) Perder tempo desnecessariamente; c) O ministério poderá afirmar que colocou mais professores; d) Esses professores nem contarão tempo para a carreira (visto que existe um horário mínimo estipulado para tal), nem ganharão mais do que para comer meia dúzia de dias. Conclusão final: o secretário determina (acho que foi esse mesmo o termo utilizado pelo subalterno) o que lhe apetece, desumanamente e porque lhe dá na tola.
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