Oliver Twist, Polanski no máximo esplendor
Só alguém muito distraído ou desconhecedor não saberá que Charles Dickens foi mais revolucionário nas suas obras do que alguma vez o souberam ser Karl Marx ou Friedrich Engels, oriundos de famílias burguesas e endinheiradas. Dickens sabia do que falava quando retratava a Inglaterra mesquinha, sombria e miserável da Revolução Industrial, ou não tivesse ele no curriculum histórias como a de ter ido com toda a família para a prisão para poderem ter algo para comer...
E é uma das obras primas do autor, Oliver Twist, que Roman Polanski desta vez nos traz ao grande ecrã (ao grande, porque continuo a recusar-me terminantemente a adquirir um DVD para ver grandes obras na sua versão em todos os aspectos microscópica) e que, embora obviamente não candidata ao Óscar (porque os óscares se centram em trabalhos menores e lamechas, saídos directamente de Hollywood), se afirma de imediato como uma obra de antologia. Sei porque o vi ontem. E ainda que Polanski nunca me engane, fiquei fascinado com o grau de mestria com que retratou as personagens de Dickens, num trabalho cuidadosamente fiel a Dickens e à Inglaterra do século XIX. Excelente fotografia, excelente ambiente, excelente direcção de actores, óptima banda sonora, Polanski no seu máximo esplendor.
O filme conta com o celebrado Ben Kingsley no papel do patético Fagin. E ainda com Jamie Foreman na encarnação do psicopata Bill Sykes e, quanto a nós, fundamentalmente duas revelações no mundo da sétima arte: Barney Clark (12 anos de idade) como Oliver Twist e Harry Eden (15 anos) como Artful Dodger. O filme é uma co-produção europeia e ainda bem. Apesar de Polanski ser, actualmente, livre de se movimentar e trabalhar em Hollywood, está muito melhor onde está, sabe-o e é assim que melhor goza da liberdade de nos oferecer obras primas como a presente...
Quem assim o desejar, poderá consultar inúmeros dados sobre a obra e ainda sobre o seu contexto histórico no site http://www.sonypictures.com/movies/olivertwist/
E é uma das obras primas do autor, Oliver Twist, que Roman Polanski desta vez nos traz ao grande ecrã (ao grande, porque continuo a recusar-me terminantemente a adquirir um DVD para ver grandes obras na sua versão em todos os aspectos microscópica) e que, embora obviamente não candidata ao Óscar (porque os óscares se centram em trabalhos menores e lamechas, saídos directamente de Hollywood), se afirma de imediato como uma obra de antologia. Sei porque o vi ontem. E ainda que Polanski nunca me engane, fiquei fascinado com o grau de mestria com que retratou as personagens de Dickens, num trabalho cuidadosamente fiel a Dickens e à Inglaterra do século XIX. Excelente fotografia, excelente ambiente, excelente direcção de actores, óptima banda sonora, Polanski no seu máximo esplendor.
O filme conta com o celebrado Ben Kingsley no papel do patético Fagin. E ainda com Jamie Foreman na encarnação do psicopata Bill Sykes e, quanto a nós, fundamentalmente duas revelações no mundo da sétima arte: Barney Clark (12 anos de idade) como Oliver Twist e Harry Eden (15 anos) como Artful Dodger. O filme é uma co-produção europeia e ainda bem. Apesar de Polanski ser, actualmente, livre de se movimentar e trabalhar em Hollywood, está muito melhor onde está, sabe-o e é assim que melhor goza da liberdade de nos oferecer obras primas como a presente...
Quem assim o desejar, poderá consultar inúmeros dados sobre a obra e ainda sobre o seu contexto histórico no site http://www.sonypictures.com/movies/olivertwist/
Roman Polanski nasceu a 18 de Agosto de 1933 em Paris, filho de pais com ascendência judia, mas mudou-se para Cracóvia, na Polónia, com apenas três anos de idade. Aos seis anos, viu a Polónia ser tomada pelos exércitos nazis de Hitler, tendo sido enviado com a família para o gueto. Pai e mãe seguiram para um campo de concentração. No final da Guerra, voltou a viver com o pai, mas acabou por sofrer maus tratos às mãos deste e, sobretudo, da madrasta, com quem se dava mal.
O pai via com maus olhos o facto de Roman ter decidido estudar a arte cinematográfica, mas o jovem persistiu, tendo realizado o seu primeiro filme ainda na Polónia.
Em 1965, após um longo período de paragem na sequência de um acidente, mudou-se para o Reino Unido, onde dirigiu o conhecido Repulsa. Seguiu, então, para os Estados Unidos, terra dourada da sétima arte, onde iniciou uma carreira de sucesso. Lamentavelmente, a alegria foi de curta duração... A sua mulher, a jovem e prometedora actriz Sharon Tate, foi assassinada com rituais satânicos pelo bando de Charles Manson, a "Family Manson", o que perturbou fortemente o realizador.
Em 1977, vítima de acusações de ter mantido relações sexuais com uma jovem de 13 anos, Polanski refugiou-se em França, onde viveu com Nastassja Kinski e prosseguiu a sua carreira filmográfica.
Actualmente livre das acusações de então e perfeitamente livre de viver e trabalhar nos Estados Unidos, Polanski adquiriu um estatuto que lhe permite declinar tal posibilidade, optando antes por produções europeias que lhe permitem uma maior liberdade de expressão, certamente a bem dos cinéfilos e da sétima arte.
É casado com a actriz francesa Emmanuelle Seigner, com quem tem dois filhos.
Entre os seus melhores filmes, destacamos Rosemary's Baby (1968), Chinatown (1974), Tess (1979), Piratas (1986), Lua de Mel, Lua de Fel (1992), O Pianista (2002) e este deslumbrante Oliver Twist (2005) que agora nos oferece.
O perfeito protótipo do lutador genial, foi ele quem afirmou: Cada fracasso só me tornou mais autoconfiante. Porque me fez querer ser mais bem sucedido como vingança e mostrar do que sou capaz.
Imagens de http://us.movies1.yimg.com e www.onlineathens.com.
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