It takes two to tango

Quantas vezes a vida não parece mais estranha do que a ficção? Isso é porque toda a ficção se inspira directamente na vida! É porque somos todos medricas que costumamos optar pela ficção. Só que este blog vai optar pela vida... ou algo assim...

quarta-feira, agosto 24, 2005

Tempestade do deserto mesmo - uma efeméride

Com a declaração unilateral de independência do Estado de Israel a 14 de Maio de 1948, situação que em muito contou com a ajuda preciosa das potências ocidentais, ergueu-se uma tempestade no deserto cujo fim nunca se chega a vislumbrar muito claramente.
Aproveito a efeméride do nascimento de Mohammed Abad Arouf Arafat, vulgo Yasser Arafat, a 24 de Agosto de 1929, há precisamente 76 anos, para vos dar a conhecer um conjunto de declarações históricas do histórico líder palestiniano, falecido em Paris a 11 de Novembro de 2004, somando-lhe ainda mais algumas declarações de David Ben-Gurion, conhecido fundador do Estado de Israel.
Para os mais interessados e muito brevemente, Arafat licenciou-se em engenharia no Cairo. Fundou a Fatah e a OLP, tendo sido nomeado seu presidente em 1969. Foi, em 1974, o primeiro representante de uma organização não-governamental a dirigir-se à Assembleia Geral da ONU. Em 1994 recebeu o Prémio Nobel da Paz, conjuntamente com Itzakh Rabin e Shimon Peres. Presidente da Autoridade Palestiniana desde 1996, viveu os seus últimos dias, a partir de 2002, cercado pelas forças militares israelitas no quartel-general de Ramalah.




Yasser Arafat citado:

Planeamos eliminar o Estado de Israel e estabelecer um Estado unicamente Palestiniano. Tornaremos a vida insuportável aos judeus através da guerra psicológica e de uma explosão demográfica... Nós, Palestinianos, assumiremos o controlo total, inclusive de Jerusalém.

Conservai as vossas pressões, soldados da liberdade! Não cederemos até que o sangue de cada judeu, da mais jovem criança ao idoso mais idoso, sejam derramados para redimir a nossa terra.

A paz, para nós, equivale à destruição de Israel. Estamos prontos para uma guerra sem fronteiras e destinada a durar gerações.

Quem quer que se posicione por uma causa justa e lute pela liberdade e pela libertação da sua terra das mãos dos invasores e colonos não pode, de forma alguma, ser apelidado de terrorista.

Esta é a minha pátria, ninguém de cá me pode expulsar!

A marcha da vitória prosseguirá até que a bandeira Palestiniana flutue em Jerusalém e em toda a Palestina.





David Ben-Gurion citado:


Temos que expulsar os árabes e tomar as suas terras.

Temos que usar o terror, o assassínio, a intimidação, a confiscação de terras e o corte de todos os serviços sociais para livrar a Galileia da sua população árabe.

As povoações judias foram erigidas onde antes havia povoações árabes. Vocês nem sequer sabem o nome dessas povoações e disso não vos censuro porque os livros de geografia já não existem. Não só já não existem como também as povoações árabes já lá não se encontram. (...) Não existe um só local construído nete país que não tenha antes albergado população árabe.

Devemos preparar-nos para a ofensiva. A nossa meta é esmagar o Líbano, a Transjordânia e a Síria. O ponto mais fraco é o Líbano, pelo facto de o seu regime islâmico ser artificial e facilmente minável. Estabeleceremos aí um Estado cristão e seguidamente esmagaremos a Legião Árabe e eliminaremos a Transjordânia. A Síria cairá às nossa mãos. Por fim, bombardearemos e tomaremos Port Said, Alexandria e o Sinai.

Se eu fosse um líder árabe, nunca assinaria um acordo com Israel. É verdade que Deus nos prometeu esta terra, mas que interesse pode isso ter para eles? O nosso Deus não é o deles. Houve anti-semitismo, os nazis, Hitler, Auschwitz, mas que culpa têm eles nisso? Eles vêem apenas uma coisa: chegámos e roubámos o seu país. Porque haveriam de o aceitar?

E é assim mesmo! Desejos de continuação de um santo dia do vosso Master.

Citações de www.allgreatquotes.com, http://en.thinkexist.com, www.saidwhat.co.uk e www.everything2.com

Fotos de www.leksikon.org e www.brownsteins.net