Islão procura impôr censura ao Ocidente
Vem-nos claramente à memória a verdadeira caça ao homem lançada pelo ditador iraniano Khomeiny contra o escritor Salman Rushdie, em consequência de este ter escrito Os Versículos Satânicos...
Quando, em Setembro passado, Kåre Bluitgen pretendeu publicar um livro sobre Maomé na Dinamarca, enfrentou-se com uma enorme dificuldade em encontrar ilustradores: as representações humanas e muito especialmente do profeta são estrictamente proibidas e os potenciais ilustradores temeram pagar "a ousadia" com a vida. Foi diante desta situação e em nome da liberdade de expressão que o Jyllands-Posten, o jornal de maior tiragem do país, contactou uma série de artistas e, consequentemente, publicou um conjunto de caricaturas sobre a temática.
As reacções por parte dos muçulmanos não tardaram a fazer-se sentir e começaram precisamente em casa, quando Raed Hlayhel, um imã que vive na Dinamarca e goza das benesses próprias de quem mora na Europa Ocidental, afirmou: "Este tipo de democracia não tem qualquer utilidade para os muçulmanos. Os muçulmanos nunca aceitarão este tipo de humilhação. O artigo insultou todos os muçulmanos do mundo. Exigimos desculpas!" Logo de seguida, o jornal viu-se forçado a contratar forças de segurança para proteger os seus funcionários, visto ter sido inundado por uma verdadeira avalanche de ameaças telefónicas e por email.
Na sequência, em Outubro passado, embaixadores de onze países muçulmanos na Dinamarca exigiram ao primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh, uma reunião para debater a "campanha de insultos" contra os muçulmanos na imprensa dinamarquesa. "Não me encontrarei com eles, porque somos uma democracia e não vejo razões para o fazer. Não posso aceitar que o respeito por uma opção religiosa conduza à censura da crítica, do humor e da sátira na imprensa. Enquanto primeiro-ministro, não disponho de quaisquer meios que me permitam desencadear acções contra a imprensa, nem desejo tê-los", declarou Fogh.
Resposta errada! De imediato, representantes egípcios, envolvidos até então num debate com os seus pares dinamarqueses num diálogo acerca dos direitos humanos e da discriminação, retiraram-se e Mohab Nasr Mostafa Mahdy, conselheiro na embaixada egípcia, declarou: "O embaixador egípcio na Dinamarca afirmou que o caso já nada tem a ver connosco. Está agora a ser tratado a nível internacional. De acordo com as minhas informações, o caso dos cartoons já se encontra agendado para discussão na próxima cimeira extraordinária Conferência da Organização Islâmica".
Já em Novembro, a Dinamarca foi assolada por inúmeras manifestações contra os cartoons, as quais contaram com a participação de milhares de muçulmanos morando naquele país. Nessa altura, dois dos cartoonistas viram-se obrigados a esconder-se (como Rushdie), enquanto a Organização Islâmica lançava um protesto contra os bonecos. O partido paquistanês Jamaaat-e-Islami ofereceu um prémio em dinheiro a quem matasse qualquer dos cartoonistas envolvidos. Em Caxemira, inúmeros estabelecimentos comerciais encerraram portas para protestar contra os cartoons (e, possivelmente, para gozarem de um feriado justificado). Mohammad Sayed Tantawi, Grande-Xeque da Universidade cairota de Al-Azhar afirmou publicamente que os cartoons "ultrapassaram todos os limites da crítica objectiva, tendo-se transformado em insultos e em desprezo pelas crenças religiosas de mais de mil milhões de muçulmanos em todo o mundo, incluindo milhares na Dinamarca. Al-Azhar pretende protestar contra estes cartoons anti-profeta junto dos comités responsáveis das Nações Unidas e de grupos de direitos humanos por todo o mundo".
Louise Arbour, a politicamente correcta alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, escreveu, em carta à Conferência da Organização Islâmica: "Comprendo a vossa atitude face às imagens publicadas no jornal. Sinto-me alarmada diante de comportamentos que desrespeitam as crenças de outrém. Trata-se de algo inaceitável". Não se preocupando, entretanto, de igual modo, com as "sensibilidades" dos dinamarqueses ou de outros ocidentais, anunciou subsequentemente que se daria início a investigações sobre o racismo e a islamofobia.
"Devemos calmamente salientar que as ilustrações se destinaram a um artigo acerca da censura que rege uma grande parte do mundo. O nosso direito a afirmar, escrever, fotografar e ilustrar o que desejarmos, dentro dos limites legais, existe e assim se deve manter - incondicionalmente. Se nos desculpássemos, íríamos contra a liberdade de expressão por cuja existência muitos se bateram durante gerações", declararam os representantes do jornal dinamarquês.
E pronto. No meio de todo este desenho animado, várias embaixadas de países islâmicos encerraram já as suas portas em Copenhaga!
O Master (que já leu o Corão e livros sobre a vida do profeta) não deseja, entretanto, deixar-vos, sem uma pequena mostra dos cartoons da polémica...
Párem! Párem! Esgotaram-se-nos as virgens!
Calma, meus amigos! Parece que afinal não passa de um desenho feito por um dinamarquês descrente!
Quite shocking, is it not? Mas não basta soltar uma risadinha e voltar a página como se nada representasse nada. Quem concordar que os países islâmicos nos estão a tentar impôr a sua civilização em nossa própria casa, a tentar impôr-nos a censura em nome de um profeta de quem conheço a biografia que, sinceramente, não comentarei (seja por respeito por quem acredita; seja porque tenho esse direito; seja porque não quero ser chateado por guerreiros medievais), está desde já convidado(a) a publicar estes cartoons no respectivo blog. Abraços.
Informações de www.frontpagemag.com (artigo de Robert Spencer) e de www.publico.pt.
Imagens de www.rnw.nl.